caio kronig

jovem carioca de 22 anos, surfista de infância
e entusiasta nas artes experimentais.

estuda design e entende seus métodos
como estratégia para tangibilizar a
informação, responsabilidade, compatibilidade
e eficiência em seus projetos.

seu projeto pane_se é uma chamada ao
ser contemporâneo que está perdendo
sua sensibilidade em meio a mesmice que nos afoga.

ele o define como "Um convite ao indivíduo
atentar-se a própria potência e o efeito que
gera no todo. É preciso entrar em pane com atual moralidade, para de fora conseguirmos enxergar o que estamos vivendo enquanto sistema.’’

e pra mim, na verdade, essa é a definição
do caio, uma pessoa que convida quem
estiver por perto a ser de verdade e a perpetuar,
através de largos estímulos faciais,
a delícia de ser o que se é.

por amanda matos



relato de processo


meus olhos fogem do normal,
o óbvio não é o caminho.
as cores me enfeitiçam,
tomam conta de minha mente
e assumem os traços que deixo
nos panos.

abstração dos traços humanos
é a investigação, na qual tenho mais sede
de continuar descobrindo ao fazer.

quanto mais produzir,
mais saberei lidar
com minhas dificuldades.
a assertividade vem
na expressão da mente//corpo, como um só.



eu acredito e faço como se faz a diferença
por do sol / mata densa / paisagem destorcida / imensidão do mar / trovão / raio


cores quentes e vibrantes emanam força conforme trocam energias entre si.

os olhos migram de um campo para o outro sem que os limites sejam limites.

o céu e o mar são minha fonte de energia.

um feitiço é apresentado através de suas cores e luzes.

a fluidez é continua e presente para nossos olhos.

tudo é mutável

junto do mar e do céu temos o vento.

uma força que movimenta o que está a frente, assim como ela, a pintura provoca um chacoalho aos olhos.

dai em diante, a experiência visual ganha vida e toma conta do corpo, assumindo os demais sentidos.....


o processo é longo e contínuo. a referência que nos encanta é essencial para evoluir e homenagear.


de fim, penso sobre a rapidez da contemporaneidade, embaça o olhar.

vemos o borrão e a mente completa o todo.

é a forma natural que encontramos para captar o máximo de estímulos.

a visão nunca foi tão aguçada.


a prática e o desejo, unidos, revelam o universo em que divido com os demais.

a experiência estética e sensorial ganha vida diante da experimentação e me nutri de amor.

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obras
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Entrar em pane.

1. Apresentar falha ou defeito; parar de funcionar.

2. Ficar sem condições de pensar, de raciocinar; ficar confuso, perturbado diante do sistema em rigor.